FAFI ajuda na implementação de programas governamentais de proteção da mulher e rapariga, onde falta pessoal – Administração

O Fórum das Associações Feministas de Inhambane (FAFI) apoia na implementação de programas de promoção e protecção de direitos das mulheres e de raparigas, aos serviços distritais de Saúde, Mulher a Acção social no distrito de Massinga, província de Inhambane, sul de Moçambique.

Quem assim o diz é Carlos Estêvão Cossa, Director dos Serviços Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social em Massinga, que considera a cooperação entre as duas instituições “vantajosa”.

O parceiro (FAFI) tem nos ajudado e contactado as comunidades e as lideranças comunitárias incluindo através das confissões religiosas, que é lá onde estão as mulheres, associações com interesses económicos ou vendeiras de mercados. Ajudam nesse sentido para que o programa tenha sucesso”, disse Carlos Estêvão Cossa, Director dos Serviços Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social em Massinga.

O FAFI implementa programas de consciencialização sobre as uniões prematuras, violência baseada no Género e interrupção voluntária da gravidez naquele ponto do país.

O dirigente considera que o programa que se faz com a mulher tem muito a ver com os direitos humanos, e infelizmente “a maioria das mulheres é espezinhada e não tem os seus direitos valorizados” naquela jurisdição, anotou.

Naquele distrito, a maioria dos homens trabalha fora do distrito, seja como mineiros na África do Sul, ou na cidade de Maputo, ou noutras grandes cidades.

Quem está a cuidar da família, filhos, não tem poder de decisão. Mesmo sobre a sua própria saúde. Se está grávida e tem que ir a uma consulta pré-natal tem que depender da decisão do marido que está fora do distrito”, lamentou.

Como resultado, a mulher acaba correndo alguns riscos, por não conhecer os seus direitos de ter sua decisão sobre a sua saúde e a dos filhos, acrescentou.

O distrito da Massinga tem 253 mil habitantes, e uma rede de saúde deficitária onde as mulheres percorrem até 40 quilómetros para ter acesso a um serviço sanitário.

O parceiro ajuda-nos na divulgação dos Direitos Humanos, da mulher e as oportunidades que elas têm oferecido ao serviço distrital de saúde”, acrescentou.

De acordo com aquele órgão governamental, as actividades do FAFI tem um efeito positivo na região, tanto que “gostavam que continuasse, para alcançar mais mulheres”.

Refira-se que a administração da Massinga falava em torno das  acções foram levadas a cabo no âmbito do Projecto “Enriquecendo a Participação Activa da Sociedade Civil para a Promoção da Igualdade de Género e o Empoderamento das Mulheres e Raparigas,” implementado pelo consórcio composto pelas organizações Fórum Mulher, WLSA Moçambique, Fórum da Sociedade Civil para os Direitos da Criança (ROSC), AMMCJ e o Centro Informazione e Educazione Allo Sviluppo ONLUS (CIES).

O projecto conta com apoio da União Europeia em Moçambique, no contexto do Programa de Apoio aos Actores Não Estatais (PAANE II).

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