Alta comissaria do Canada visita Fórum Mulher pela primeira vez

 

“Obrigada por esta oportunidade de aprender sobre o Fórum Mulher e sobre as mulheres aqui presentes. Nós temos um governo feminista e queremos ouvir, aprender e partilhar nossas experiências com vocês”, foi assim que Caroline Delany, a nova alta comissaria do Canada deu início a sua visita ao Fórum Mulher, no dia  31 de Janeiro , em Maputo. `O encontro que contou com a presença de cerca de 10 organizações membros do Fórum Mulher visava estabelecer parcerias bem como a identificação acções para trabalho em conjunto.

Na ocasião a embaixadora quis entender as estratégias usadas pelo Fórum Mulher para articulação em rede.” Vocês são uma rede de muitas organizações e tanta adversidade de mulheres e áreas estratégicas. Como conseguem trabalhar, se articular e atingir seus objectivos?

“A nossa organização nasceu sem parceiros nem doadores. Mas nos inscrevemos para ser membros do Fórum Mulher e o ele nos ensinou a nos conhecermos, a entendermos a razão da nossa existência como organização, onde estamos, onde queremos ir e a quem queremos ajudar”, respondeu Teresa Mboa, membro da Associação da Industria Açucareira (Amudeia). “ De seguida o Forum Mulher  nos formou como activistas, como paralegais, como gabinetes de atendimento para defender as mulheres. Essa articulação que temos é porque cada mãe sabe responder as preocupações dos seus filhos, e esse é o estilo do FM. É como uma mãe para nós. Cada organização tem os seus problemas e suas actividades mas o FM responde mediante aquilo que cada uma apresenta. Tudo que somos hoje é graças ao Fórum Mulher”, acresceu.

Por seu turno, Dalila Macuacua, Directora Executiva da Associação Sócio Cultural Horizonte Azul (ASCH), considera a metodologia usada pelo FM é um dos grandes segredos para essa adversidade tanto da rede assim como de mulheres. “Oque faz com que haja essa adversidade é por um parte resultado da metodologia e ideologia que o FM construiu ao longo do tempo. A ASCHA passou a ser membro do FM em 2011 e na época éramos uma organização que prestava serviços para crianças órfãs e vulneráveis. Mas ao nos tornarmos membros, fomos desafiadas a nos percebermos e conhecermos como organização. O que temos como visão e missão e como é que nós queremos criar condições para que o nosso grupo alvo se tornasse sujeita politica ate formarmos este movimento de raparigas e mulheres jovens”, disse. “ Nos construímos e começamos a perceber as diferenças. Entendemos que como organizações de mulheres o que deve importar são os direitos humanos das mulheres. E que apoiando umas as outras é que vamos ocupar os espaços. Isso foi o FM que nos ensinou”, acrescentou.

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