Histórias de Vida
Este é o sentimento que caracteriza Filomena Chavanguane, depois de passar por vários tipos de violência. Chavanguane é uma activista social na Associação Sócio Cultural Horizonte Azul (ASCHA), uma organização membro do Fórum Mulher que trabalha em prol da promoção dos direitos da rapariga.
Justina Wiriamo, camponesa de 43 anos, casada e mãe de cinco filhos, é residente no posto administrativo de Malema, distrito de Mutuali, bairro Namipua, actualmente zona afectada pelo projecto de produção de soja da empresa Agromoz. Justina nasceu numa família camponesa e aos seis anos começou seu contacto com a terra graças aos ensinamentos da sua mãe, também camponesa. Para Justina a terra é mais que um direito mas sim uma vida, “a terra é minha vida porque sem a terra e a água eu não estaria viva. Olho como minha vida porque tudo o que me eu preciso para viver provem da terra, ela faz me faz ser alguém”, explica. (mais…)
Sou Vitória da Conceição Carlos Segundo, tenho 28 anos e sou mãe solteira. Fundei uma organização de mulheres empreendedoras em Nampula por causa daquilo que eu estava a viver. Sofri todo o tipo de violência, sexual e doméstica. (mais…)
Sou Lucínia Aliji, sou natural de Inhambane. Eu não nasci deficiente; adquiri esta deficiência aos 3/4 anos; dizem que tive paralisia infantil. Como toda a criança, eu fui à escola, mas no caminho para a minha escola,eu devia passar por casa de uma moça que «gozava» muito comigo. Ela imitava a forma deficiente de eu andar. Isto desanimava-me muito, e quase que desisti de ir à escola. Para conseguir ir à escola, tinha de estar acompanhada. Devia ter sempre uma protecção e a minha família apoiou- me muito nisso.Fui para a faculdade e as pessoas perguntavam-me porque é que eu estudava, se eu não servia para a sociedade, por ser deficiente. (mais…)
Albertina Artur Luís é uma das beneficiárias das capacitações do Fórum Mulher no distrito de Mocuba, província da Zambézia. As formações pelas quais Albertina passou geraram grandes mudanças na sua vida e hoje considera-se uma mulher empoderada. “Estas formações ajudaram- me a ser emancipada, senti-me empoderada porque, para mim, empoderamento não é dar dinheiro. O conhecimento é o principal poder que o ser humano devia possuir; melhorei a capacidade da minha gestão humana; percebi que estava sob uma grave situação de violência, então decidi separar-me para conseguir continuar a viver, ter saúde, vida e estudar e, graças a Deus consegui licenciar-me me Administração Pública e ter dois pedaços de terra”, explica. (mais…)
“Eu me sinto empoderada”. Este é a certeza o que caracteriza Aruquia Paulino depois de passar pelas capacitações e formações levadas a cabo pelo FM. Aruquia é uma rapariga que encontrou no FM a oportunidade de ajudar as raparigas da sua comunidade e fazer diferença na província de Nampula, sua província. (mais…)
“O Fórum Mulher me ensinou a ser uma líder, eu me sinto uma líder”. Este é o sentimento de Catarina Gaspar, natural de Nampula e activista a mais de 10 anos.
Catarina beneficiou de acções formativas, palestras e conferências organizadas pelo Fórum Mulher. A mulher de 43 anos entrou no activismo através da sua mãe, membra da associação AMR de Nampula, organização que também é membro do Fórum Mulher. As acções formativas do Fórum Mulher geraram mudanças que até hoje Catrina se lembra. (mais…)
Era uma vez uma joven chamada Mariamo, que era discriminada pelos colegas pela sua orientação social. Certo dia ela ela foi chamada pelo seu chefe que ele falou de uma oportunidade de continuar os seus estudos numa das melhores universidade de Londres, ela , gostou tanto tanto da ideia e descobriu afinal de contas que o seu chefe não tinha a mesma a opinião que os restantes colegas seus.
Ganhei a minha liberdade, por mais de 30 anos fui prisioneira na minha própria casa, no meu próprio corpo. Minha vida, foi roubada por uma norma social, por uma cultura, por uma tradição
Sou uma mulher jovem, de uma família praticante do islamismo. Estudei na universidade de Oxford, fiz física nuclear. Tive um convite da minha universidade para dar aulas e ser pesquisadora do instituto de física nuclear. Quando me formei, voltei para casa com essa noticia. A minha família gostou de saber que me formei com destaque mas não me permitiram regressar a Oxford para continuar o meu sonho. Afinal, eu já estava prometida para casamento com um jovem de uma família de comerciantes, do Paquistão, que recebeu a minha foto a 2 anos atraz e acertou o casamento com a minha família.
A minha historia de vida e atípica. Vivo com o meu marido e ele é muito violento comigo. Sofro violência física e psicológica.